às vezes esqueço-me que estamos os dois aqui.
a voz de todos os outros também fala por nós, quando só o silêncio é suficientemente áspero para te agarrar.
não sei a que viagem nos demos, se teríamos ficado estrangeiros de tanto nos olharmos, ou se foi quando começámos a ler os mapas que nos perdemos. é sabido, a corrupção da aleatoridade indigna os deuses.
parece-me que estás sentado no outro lado da minha vida, nessa outra que vivi e reconto pelos dedos da memória. parece-me que estás sentado e esperas uma grande calamidade.
como uma vestal, arrumei todos os telhados, estudei os fusos horários e as cidades impronunciáveis, mas sempre que chegamos, o mundo esvazia-se.
não sei para onde pode ir um ulisses sem ítaca.
a voz de todos os outros também fala por nós, quando só o silêncio é suficientemente áspero para te agarrar.
não sei a que viagem nos demos, se teríamos ficado estrangeiros de tanto nos olharmos, ou se foi quando começámos a ler os mapas que nos perdemos. é sabido, a corrupção da aleatoridade indigna os deuses.
parece-me que estás sentado no outro lado da minha vida, nessa outra que vivi e reconto pelos dedos da memória. parece-me que estás sentado e esperas uma grande calamidade.
como uma vestal, arrumei todos os telhados, estudei os fusos horários e as cidades impronunciáveis, mas sempre que chegamos, o mundo esvazia-se.
não sei para onde pode ir um ulisses sem ítaca.
1 comentário:
lindo...
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