« A sociedade ocidental adquiriu o hábito de se apresentar como a dos direitos do homem; mas antes de um homem poder ter direitos, teve de se constituir em indivíduo, considerar-se como tal e tal ser considerado; o que não poderia ter acontecido sem uma longa prática das artes europeias e em particular do romance que ensina o leitor a ser curioso do outro e a tentar compreender verdades que são diferentes das suas.
Neste sentido, Cioran tem razão ao designar a sociedade europeia como a «sociedade do romance» e ao falar dos europeus como «filhos do romance».
Milan Kundera, Os Testamentos Traídos, p. 21, Edições Asa
1 comentário:
Ora aí está um rico livrinho...
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