contemplo nas janelas o hálito cinzento dos meus dias.
a fímbria do vidro entre nós e o frio,
entre nós a paisagem.
os autocarros roncam, as pessoas zumbem,
e o silêncio vagueia impreciso,
embaciado,
como o hálito da boca no vidro.
o mesmo hálito
que outros dias contorna palavras
e beija bocas.
Sem comentários:
Enviar um comentário